No Brasil, além dos fogos, outra “tradição” comum nas festas de fim de ano são os motoqueiros “cortando giro”, prática onde o motorista acelera a moto com a embreagem pressionada. Muitos ainda modificam o escapamento para aumentar o som gerado.

Na França, o governo vai iniciar testes com radares antirruído que conseguem flagrar veículos que estão fazendo barulho acima do permitido. Para isso, as cidades francesas acima estão testando um equipamento chamado de Méduse, ou “água-viva” em francês. Estes primeiros testes estão sendo feitos em uma rodovia na província de Yvelines, ao sudoeste de Paris. 

O local é rota de motociclistas que vão curtir o final de semana em meio a natureza, e o barulho alto e contínuo incomoda os moradores da região.

“É um ruído de fundo permanente, todo fim de semana. Mesmo de manhã e à noite há veículos e muitas motocicletas sem silenciador que fazem um ruído que pode chegar a 80 e até 100 decibéis”, explica o prefeito de Saint-Lambert, uma comuna da província.

Além dessa rodovia, o governo francês já anunciou que vai instalar radares em vias urbanas. Entre os locais escolhidos estão a capital, Paris, as metrópoles de Lyon e Nice. Nesses casos, os radares serão instalados dentro de zonas urbanas, onde os veículos não podem passar dos 50 km/h.

Qual será o nível de ruído autorizado? Isto ainda não foi decidido, e o ministério da Transição Ecológica deverá usar os dados captados nos próximos meses pelos radares para estabelecer o parâmetro.

Atualmente, uma lei estabelece o limite de 72 decibéis, com maior tolerância para veículos com motores de alta potência. No entanto, os representantes de cidades às margens de estradas nacionais dizem que algumas motos chegam a emitir sons de 120 a 130 decibéis, uma razão para forte reclamação da população.

Nos próximos meses, deve ser definido o nível máximo de ruído permitido. A multa para quem ultrapassar o limite será de 135 euros (R$ 865). Fonte: Revista Quatro Rodas.