Dados da Secretaria de Saúde do Paraná demonstram que o custo com acidentes de trânsito, nos anos de 2022 e 2023, foi de R$ 36 milhões.

De acordo com o Sistema de Informação Hospitalares (SIH), em 2022 foram registrados 10.527 internamentos e, em 2023, 10.591. Homens se acidentam muito mais que mulheres: em 2023 foram 7,9 mil homens e 2,5 mil mulheres. Os acidentes com motocicletas foram as principais causas dos internamentos e óbitos nos últimos anos.

Em relação aos óbitos, apenas em 2022 foram: 485 pedestres; 148 ciclistas; 785 motociclistas; 947 ocupantes de automóveis e caminhonetes e 113 motoristas ou passageiros de veículos pesados.

Entre 2022 e 2023 foram 34 internamentos de bebês com menos de um ano, 155 de crianças de 1 a 4 anos e 363 de crianças de 5 a 9 anos. Entre adultos, foram 3.994 internamentos por lesões de trânsito entre 30 e 39 anos e 3.295 entre 40 e 49 anos. Foram, ainda, 2.218 internamentos de idosos com mais de 60 anos.

Os dados demonstram o impacto da violência do trânsito no Sistema Único de Saúde, que abrange custos assistenciais, sobrecarga de serviços em momentos específicos e mortalidade prematura. Além do aspecto financeiro, os sinistros de trânsito podem gerar incapacidades, impactando na qualidade de vida das pessoas envolvidas.

Novamente estamos no “Maio Amarelo”, mês de conscientização para redução de acidentes. Historicamente os índices não diminuem. Não acha que está na hora de ações mais enérgicas?

Uma motorista de Araucária (PR) teve a sua CNH cassada pelo DETRAN/PR. O motivo não é incomum: ela não possuía a habilitação na categoria necessária para dirigir o seu veículo.

Ela comprou o veículo – uma Mitsubishi Pajero GLS-B, ano 1999, que possui, no seu documento, a informação de que é um micro-ônibus, sendo necessária CNH de categoria específica para dirigir – categoria “D”. Isso ocorre porque consta no documento que a capacidade do veículo é de 10 lugares.

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, a cassação da CNH ocorre quando há a reincidência de determinadas infrações – dentre elas, a de dirigir veículo sem a habilitação específica – caso do artigo 162, inciso III.

Ela cometeu duas infrações de trânsito – infrações médias – mas, por não possuir CNH específica para dirigir um “micro-ônibus” – no caso, a Pajero – ela foi autuada 2 vezes por dirigir veículo sem CNH de categoria específica – o que acabou gerando o processo de cassação da habilitação.

A motorista não sabia que havia necessidade de habilitação específica. Alega só ter descoberto quando foi notificada da cassação. Ela pode recorrer da penalidade. Na dúvida, sempre procure ajuda de um profissional.