Curitiba iniciou um projeto-piloto com radar que capta ruído excessivo de motos e veículos, como motos com escapamentos adulterados. Leia o post de hoje e saiba mais.
Curitiba iniciou um projeto-piloto com radar que capta ruído de forma automática, como por exemplo o de motos com escapamentos adulterados. A iniciativa com os “radares de barulho” é pioneira no país, e deve foi lançada oficialmente pela Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito da capital nesta segunda-feira (26).
O primeiro radar que capta ruído está instalado na Avenida Victor Ferreira do Amaral, nas imediações do Jockey Club do Paraná, no Tarumã. Fisicamente, o novo sistema não é muito diferente dos radares convencionais de velocidade. A diferença está na forma como os dados são registrados.
Segundo a Secretaria de Trânsito de Curitiba, o radar que capta ruído conta com um sistema de gravação de vídeo e de áudio, para poder captar o ruído excessivo. Essas informações são, então, cruzadas com o reconhecimento da placa, também feito pelo sistema, para assim identificar qual veículo está com escapamento irregular.
O sistema pode ser adaptado em radares já instalados ou colocado em outros locais sem monitoramento, mas que tenha um grande volume de veículos barulhentos. De acordo com a secretaria, o radar que capta ruído será usado a princípio como forma de auxiliar na adoção de medidas educativas junto aos motoristas.
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A secretaria alega receber muitas reclamações relacionadas a motociclistas que trabalham como entregadores. Segundo a superintendente, há uma percepção de que uma boa parcela desse grupo de condutores trafega em motocicletas com escapamentos adulterados, que emitem níveis de ruído acima do tolerável, ou seja, ruídos excessivos.
“Se realmente isso for detectado e confirmado, nós teremos condições de fazer essas ações educativas junto aos aplicativos, para que eles também possam colaborar na redução desses casos e na regularização desses veículos”, pontuou.
Por ainda não serem homologados no Brasil, o radar que capta ruído não pode ser utilizado em ações de fiscalização que gerem multas a motoristas e motociclistas. A empresa responsável pelos radares de barulho quer usar o projeto piloto para fazer os ajustes e as adequações necessárias para obter esse registro junto ao Inmetro e outros órgãos certificadores.
“A prefeitura formalizou um pedido junto à Secretaria Nacional de Trânsito para que possamos conduzir esses testes e ajudar no processo de homologação dessa funcionalidade. Depois de homologado, aí sim esse sistema vai poder ser utilizado em ações de fiscalização”.
De acordo com o artigo 104 do Código de Trânsito, “os veículos em circulação terão suas condições de emissão de ruído avaliadas mediante inspeção obrigatória, na forma e periodicidade estabelecidas pelo CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente”, cuja medida administrativa é a retenção na vistoria. Nos termos do Artigo 230, XVII, do CTB, conduzir o veículo em mau estado de conservação, comprometendo a segurança, ou reprovado na avaliação de inspeção de segurança e de emissão de poluentes e ruído, prevista no art. 104 é infração grave, com multa de R$ 195,23 e 5 pontos no prontuário da CNH.