A juíza de direito Lourdes Helena Pacheco da Silva está sendo investigada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul pelo crime de injúria discriminatória. Segundo a denúncia registrada por um cadeirante, ela o teria chamado de “aleijado” durante uma discussão no estacionamento do shopping Iguatemi, em Porto Alegre, no último sábado (6).
Além de ter estacionado em uma vaga reservada a pessoas com deficiência (PCDs), a magistrada também foi autuada por estar dirigindo com a carteira nacional de habilitação (CNH) cassada.
Conforme o boletim de ocorrência, ao chegar no estacionamento ele deparou com a vaga preferencial ocupada por um carro. Incomodado com a situação, ele estacionou o seu automóvel atrás do veículo, o impedindo de sair. Parte do desentendimento foi registrada em vídeo.
O cadeirante disse aos policiais que “necessita de estacionamento em local especial, reservado, porque é preciso espaço na lateral para conseguir sair com a cadeira de rodas”. Ele diz ter aguardado um tempo, até que apareceu a motorista, e ele teria perguntado se havia algum cadeirante com ela, uma vez que ela havia estacionado o veículo na vaga especial.
Segundo o relato de Cardoso à polícia, ela “respondeu que assim como a vítima era aleijada, ela era obesa, ao que a vítima respondeu que gorda não tinha direito a usar aquela vaga e que para ele era uma questão de necessidade, sendo que a mulher poderia usar outra vaga disponível”. Ele relatou ainda que a mulher disse que ele a teria chamado de gorda e que “ele não sabia com quem estava se metendo”.
A magistrada teria chamado a Polícia Militar.
Em nota, o Tribunal de Justiça do RS (TJRS) informa que já foi notificado e que, “independentemente da tramitação gerada pela ocorrência policial, administrativamente estão sendo adotadas as medidas cabíveis”.
Por meio de nota, a assessoria de comunicação do shopping Iguatemi de Porto Alegre afirma que, “diante do ocorrido, colabora com as autoridades competentes”.
#PCD
#pessoacomdeficiencia
#pcdbrasil
#vagaspcd
#carrospcd